Marcus Vinícius da Cruz de Melo Moraes nasceu em 19 de
Outubro de 1913, na cidade do Rio de Janeiro – RJ, e pertenceu à segunda
geração do Modernismo no Brasil. Era filho de Clodoaldo Pereira da Silva
Moraes, funcionário da prefeitura, poeta, violonista amador, e de Lídia Cruz de
Moraes, pianista também amadora.
Viveu toda a sua infância no Rio, tendo nascido no bairro
da Gávea, aos três anos se mudou para Botafogo para morar com os avós e estudar
na Escola Primaria Afrânio Peixoto. Foi também na sua infância que escreveu
seus primeiros versos. Em 1924 entrou para o Colégio Santo Inácio, em Botafogo,
onde cantava no coro da igreja e montava pecinhas de teatro.
Em 1929 concluiu o curso ginasial e a família retornou
para a Gávea. Nesse mesmo ano ingressou na Faculdade de Direito do Catete e se
formou em Direito em 1933, ano em que publicou “O Caminho para a Distância”,
seu primeiro livro de poesia
Em 1935, recebeu o prêmio Filipe d’Oliveira pelo livro Em
1935, seu livro Forma e exegese. Em 1936, empregou-se como censor
cinematográfico, representando o Ministério da Educação e Saúde. Dois anos
depois, em 1938, ganhou bolsa do Conselho Britânico para estudar língua e
literatura inglesas na Universidade de Oxford, e nesse ano publicou os Novos
poemas. Com o inicio da Segunda Guerra Mundial, retornou ao Rio de Janeiro.
Nos anos seguintes publicou ainda muitos poemas e ficou
conhecido como um dos poetas brasileiros que mais conseguiu traduzir em
palavras o sentimento do amor, tornando-se assim um dos poetas mais populares
da Literatura Brasileira. Atuou também no campo musical, fazendo parceria com
cantores e compositores brasileiros, e por fim tornou-se também cronista.
Produziu os sonetos mais conhecidos da Literatura Brasileira, e escreveu ainda
alguns poemas infantis em meados de 1970.
Vinícius de Moraes Faleceu no Rio de Janeiro, no dia 09
de Setembro de 1980.
A poetisa, ensaísta e tradutora Henriqueta Lisboa
nasceram na cidade de Lambari, no Estado de Minas Gerais, no dia 15 de julho de
1901, fruto da união entre o deputado federal João de Almeida Lisboa e Maria
Rita Vilhena Lisboa. Ela se torna, posteriormente, a primeira escritora a ser
eleita integrante da Academia Mineira de Letras, em 1963.
Jovem estudante, ela recebe o diploma de normalista no
Colégio Sion de Campanha, ainda em Minas. Logo depois, em 1924, ela se
transfere para terras cariocas. Henriqueta se devota à poesia prematuramente.
Em 1929 ela já tem seu primeiro poema, Enternecimento, premiado; ela angaria
então o Prêmio Olavo Bilac de Poesia da Academia Brasileira de Letras.
Sua primeira obra, intitulada Fogo Fátuo, foi publicada
quando ela tinha apenas 21 anos, o que confirma seu talento precoce. Ao público
infantil ela reserva três livros – O Menino Poeta, de 1943; Lírica, de 1958; e
o relançamento, em 1975, do primeiro trabalho devotado às crianças, lançado
igualmente em disco pelo Estúdio Eldorado.
Um dos maiores impactos em sua carreira literária é a
participação no movimento modernista, em 1945. Nesta época ela foi incentivada
a integrar esta escola pelo amigo Mário de Andrade, principalmente através das
cartas que ambos trocaram entre 1940 e 1945.
Além dos poemas, Henriqueta produziu várias traduções,
ensaios e antologias. Escritora de intensa sensibilidade, ela se devotou de
corpo e alma à criação de seus poemas. Ao longo de sua trajetória literária, a
poetisa sempre se manteve receptiva a novos estímulos e sugestões de seus
contemporâneos, conquistando assim inúmeros admiradores no meio artístico e
intelectual, entre eles Mário de Andrade, Carlos Drummond de Andrade, Manuel
Bandeira, Cecília Meireles e Gabriela Mistral.
Henriqueta foi homenageada, em 1984, com o Prêmio Machado
de Assis da Academia Brasileira de Letras por sua obra como um todo.
Paralelamente ao ofício literário, ela atuou também no campo do magistério,
como professora de Literatura Hispano-Americana e Literatura Brasileira na
Pontifícia Universidade Católica (PUC Minas) e na Universidade Federal de Minas
Gerais (UFMG), e como inspetora escolar.
Esta célebre poetisa morreu em nove de outubro de 1985,
na cidade de Belo Horizonte. Em 2002 houve vários eventos comemorativos em prol
de seu centenário de nascimento, quando então foram relançados vários de seus
livros, em meio a diversas realizações de natureza cultural.
Em sua bibliografia constam inúmeras obras, entre elas
Velário (1936); Prisioneira da noite (1941); A face lívida (1945), dedicado à
memória de Mário de Andrade, morto nesse mesmo ano; Flor da morte (1949);
Madrinha Lua (1952); Azul profundo (1955); Nova Lírica ((1971); Belo Horizonte
bem querer (1972); Pousada do ser (1982) e Poesia Geral (1985), coletânea de
poemas escolhidos pela própria escritora, extraídos do total de sua obra, a
qual foi publicada uma semana depois de sua morte).
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