A obra de Clarice
ultrapassou qualquer tentativa de classificação. A escritora e filósofa
francesa Hélène Cixous vai ao ponto de dizer que há uma literatura
brasileira A.C. (Antes da Clarice) e D.C. (Depois da Clarice).
Seu romance mais
famoso talvez seja A hora da estrela, o último publicado antes de
sua morte. Este livro narra a vida de Macabéa, uma nordestina criada no estado
de Alagoas que migra para o Rio de Janeiro, e vai morar em uma pensão, tendo
sua rotina descrita por um escritor fictício chamado Rodrigo S.M.
Clarice verteu para o
português, em 1976, o livro Entrevista com o Vampiro, da autora estadunidense Anne
Rice.
A primeira edição de Onde
estivestes de noite foi recolhida por ter sido colocado, erroneamente,
um ponto de interrogação no título.
Em artigo publicado
no jornal The New York Times, no dia 11/03/2005, a escritora foi
descrita como o equivalente de Kafka na literatura
latino-americana. A afirmação foi feita por Gregory Rabassa, tradutor para o
inglês de Jorge Amado, Gabriel García Márquez, Mario Vargas Llosa e de Clarice.
“A descoberta do
mundo”, de Clarice Lispector, foi um dos livros prediletos do cantor,
compositor e poeta Cazuza.
Em setembro de 1967,
Clarice tentou apagar com as mãos um incêndio em seu quarto e ficou muito
ferida. Passou três dias no hospital, entre a vida e a morte. Em conseqüência
do acidente, perdeu um pouco da mobilidade da mão direita.
A escritora morreu de
câncer no dia 9 de dezembro de 1977, um dia antes de completar 57 anos. Queria
ser enterrada no Cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro, mas não pôde
porque era judia. Foi enterrada no Cemitério Israelita do Caju.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Agradeço-lhe pelo comentário.